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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Longe de você





Nem sei mais o que fazer
Não tento entender
Tento não sofrer
Na janela, debruçado
Coração apertado
Olhos de águia sempre vigilantes
Esperando sua volta
Com o vento como escolta
Sua partida como revolta

Minha alma te quer
Como a luz quer o brilho
O girassol quer o sol
E a semente quer a água

Para te esperar
Sempre estou no horário
Longe de você
Sinto-me como um peixe fora do aquário
Um As de espadas fora do baralho
O maior dos heróis a sangrar
Na mais fácil das guerras
Fico na ponta dos cascos
Um puro sangue puxando uma carroça

Sinto-me como uma bomba
Em um tanque de guerra
Vaidades de amor
Que nem a pior das idades
Nem a terra
Comerão
Pois sei que um dia em algum paraíso
Nossas almas gêmeas se encontrarão
Mesmo sem estar com você
Ainda te amo e me encanto
Com seus retratos
E fico no cofre do quarto
Convencendo-me através de quadros de outros tempos
Que os dragões são apenas moinhos de vento

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