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quinta-feira, 24 de junho de 2010
Orgulho e Renuncia
Não pense que a mentira me consola:
Parte em silencio, Será bem melhor.
Se tudo terminou... A tua esmola,
Meu sofrimento ainda fará maior!
Não te condeno nem te recrimino
Ninguém tem culpa do que aconteceu...
Nem posso contrariar o meu destino.
Nem você pode contrariar o seu.
Sofro? Que importa? Mas não te censuro,
O inevitável quando chega é assim.
Se esse amor não devia ter futuro,
Foi bem melhor precipitar seu fim!
Não te condeno nem te recrimino.
Tinha que ser! Tudo passou, morreu!
Cada qual traz do berço seu destino.
E esse afinal, bem doloroso, é o meu.
Quando penso que ainda ontem - quem sabe?
Tenha sentido algum amor por mim!
Não procure mentir. Compreendo tudo!
Tudo justificado esta:
Não tem culpa se te amo... Se me iludo,
Se a vida para mim é que foi má.
Não diga nada. Vá.
Ninguém te obriga a dizer o que não sente.
Nem eu preciso disso meu amigo!
Vá. E que nunca sofra o que sofri.
O que sofri com seu ingênuo amor.
Tudo morre. Tudo passa.
Eu vou te esquecer, seja como for!
Pensa que tudo foi em vão!
Compreenderás as palavras de dor
Que não te disse:- e outras de amor,
Que não direi mais!
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